Dona dos animais já foi ouvida. Sócios de agressor em bar da Barra da Tijuca pretendem tirá-lo do negócio
A Polícia Civil informou que foi aberto um inquérito para investigar maus-tratos às cadelas Gucci e Victoria, e que o agressor, Rafael Hermida, deve ser ouvido nesta terça-feira. Ninna Mandin, dona das cachorrinhas, já prestou depoimento e as imagens em que ele aparece agredindo os animais estão sendo analisadas pela polícia.
Diante da repercussão do caso nas redes sociais, o agressor encerrou suas contas no Facebook e no Instagram após receber uma grande quantidade de mensagens, algumas delas com ameaças. A página virtual do bar do qual é sócio também foi alvo de diversos protestos. O GLOBO voltou a procurar, nesta segunda-feira, o autor das agressões, mas ele não foi localizado.
A presidente da Associação Nacional de Implementação dos Direitos dos Animais (Anida), a veterinária Andrea Lambert, diz que a proprietária dos animais agiu muito bem ao usar as câmeras, pois as provas devem facilitar o processo.
— Nos dias de hoje, estas câmeras escondidas estão ajudando a divulgar um problema grave que nós, das ONGs, acompanhamos de perto há anos: os casos de violência contra animais. A divulgação de imagens como essas fazem com que as pessoas se revoltem e os responsáveis possam ser encontrados. E inibe novos casos, porque quem quiser bater num animal ou jogá-lo na rua vai saber que existe o risco de ele ser flagrado por alguma câmera escondida — disse.
SÓCIOS INDIGNADOS
As imagens causaram revolta e indignação também no empresário Gustavo Hoffmann, que era sócio de Rafael Hermida no Buddy's Bar, na Barra.
— Fiquei sem entender nada. Para mim foi um choque, porque sei que ele também tem dois cachorros. Já o vi com seus cães, que ele tratava com carinho. Nunca imaginei que fosse capaz disso — disse.
Na noite de domingo, quando soube do vídeo e descobriu que seu sócio era o acusado de agressões, Gustavo procurou o outro sócio. Eles se reuniram com o advogado do bar e pretendem excluir Rafael da sociedade. Segundo Gustavo, o ex-noivo de Ninna era sócio do estabelecimento há cerca de dois anos. As cenas causaram mal estar entre os funcionários, clientes e entre os familiares dos sócios.
— Já preparamos um documento alterando o contrato, retirando o nome dele da sociedade. Estamos desde cedo tentando, através de amigos em comum, encontrá-lo para que ele assine. Queremos deixar claro que esta atitude é repudiada por nós. Depois que isso tudo passar, vamos estudar que medidas tomaremos, já que este caso afetou a imagem do nosso bar. Eu amo animais. Contribuo com duas ONGS de Petrópolis e adotei uma vira-lata — disse Gustavo.
Com Jornal O Globo
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